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Colaboração, diversidade e inclusão são a chave para ecossistemas de inovação mais eficientes

Dezembro de 2023

Yumi Ogata, Escritório da OMPI no Japão

*Infelizmente, Kyoko Ikoma faleceu em agosto de 2023, logo após a gravação desta entrevista realizada durante a primavera de 2023. A reportagem é publicada postumamente com a gentil autorização de sua família e da Proassist, da qual Ikoma foi fundadora e diretora-executiva.

Em junho de 2023, o Japão revelou planos para promover a igualdade de gênero, estabelecendo a meta de nomear mulheres para pelo menos 30% dos cargos executivos nas principais empresas do país até 2030. Atualmente, as mulheres japonesas ocupam somente 15,5% dos cargos executivos nas grandes empresas, o que mostra o atraso do Japão em relação a outras grandes economias. Kyoko Ikoma*, diretora-executiva da Proassist, faz parte de um grupo de japonesas pioneiras que buscam promover uma cultura corporativa mais inclusiva no país. Ikoma é inventora, empreendedora e diretora-executiva da Proassist, companhia que oferece soluções de software para empresas. Da primavera de 2021 à primavera de 2023, seguindo os passos de diretores-executivos de muitas das principais empresas do Japão, Ikoma atuou como diretora representante da Associação de Executivos Corporativos KANSAI. A região de Kansai é um dos mais importantes pólos econômicos do Japão. Em entrevista à Revista da OMPI, Ikoma fala sobre a importância de promover a cooperação, a diversidade e a inclusão para desenvolver ecossistemas de inovação mais eficientes.

“A propriedade intelectual sempre ocupou uma posição
central na Proassist”, conta Kyoko Ikoma (acima),
diretora-executiva da Proassist, Ltd., empresa japonesa
de soluções de software, ressaltando que as patentes
têm sido essenciais para o crescimento da empresa
no longo prazo. (Foto: Cortesia da Proassist Ltd.)

Quais foram as prioridades-chave durante sua gestão como diretora da Associação de Executivos Corporativos KANSAI?

Quando assumi meu cargo em maio de 2021, estávamos em plena pandemia da Covid-19, o que gerou dificuldades, porque todas as nossas reuniões precisavam ser realizadas à distância. Mas a pandemia só serviu para evidenciar a importância da “colaboração” e do “networking”, que foram minhas principais prioridades para fortalecer o papel e o desenvolvimento da KANSAI. Na função de diretora representante, meu principal objetivo era fortalecer a Associação e promover seu desenvolvimento por meio da colaboração com novos parceiros e, assim, expandir sua rede de contatos. É por isso que, no meu primeiro ano, criamos várias recomendações para promover maior colaboração e networking. Felizmente, em 2022, quando voltou a ser possível realizar atividades presenciais, começamos a implementar essas recomendações por meio de comitês “Jitsugen – Jikko” (implementar e alcançar), que foram criados a partir do comitê que havia desenvolvido nossas recomendações.

Eu gostaria que as pessoas fossem valorizadas pelo talento, independentemente do gênero.

Também aproveitei minha posição para criar o grupo de discussão para mulheres líderes chamado “Josei Leader Juku". O grupo convidou mulheres que ocupavam cargos de liderança nas empresas que fazem parte da Associação KANSAI para compartilharem suas experiências. Até o momento, o grupo organizou sete palestras e tem se mostrado um fórum de valor inestimável para que profissionais do sexo feminino troquem ideias e ampliem seu network profissional. Vejo isso como um passo importante no apoio às mulheres que ocupam cargos de liderança e na promoção de uma cultura corporativa mais inclusiva no Japão.

O que a levou a se tornar uma empreendedora e criar a Proassist?

Nos anos 1980, quando me formei na faculdade, a economia do Japão estava em plena expansão, e encontrei um emprego de engenheira de sistemas numa grande empresa em Osaka. Depois de algum tempo, me casei e virei dona de casa em tempo integral. Eu gostava do novo papel, mas quando a bolha econômica do Japão estourou, comecei a me perguntar o que poderia fazer para ajudar. Em vez de voltar a ter um trabalho assalariado, decidi abrir meu próprio negócio, oferecendo meus conhecimentos de informática à empresa para a qual eu havia trabalhado anteriormente. Criei a Proassist em 1994. Atualmente, contamos com mais de 200 empregados e fornecemos soluções de software de última geração para ajudar nossos clientes a alcançarem sucesso comercial.   

Qual é a função da propriedade intelectual na sua empresa?

A propriedade intelectual sempre ocupou uma posição central na Proassist. Inicialmente, a empresa se concentrou no desenvolvimento de algoritmos para processamento de imagens e sinais nos computadores. As patentes foram fundamentais para o desenvolvimento e o crescimento de longo prazo da empresa.

As patentes foram fundamentais para o desenvolvimento e o crescimento de longo prazo da empresa.

Ao patentear esses avanços, conseguimos criar novas oportunidades de negócios por meio de parcerias com outros grandes players do mercado. Por exemplo, graças a nosso portfólio de patentes, uma grande empresa nos procurou para codesenvolver um sensor ultrassônico. Em termos financeiros, o retorno foi muito melhor do que poderíamos ter obtido com um contrato de licenciamento. Também pudemos expandir nosso portfólio de tecnologia. Além disso, nossas patentes permitem defender nossa posição no mercado e certamente contribuíram para aumentar o valor da nossa empresa. As patentes mostram que a Proassist foi construída sobre uma base que associa capacidade intelectual e expertise.

Quando você descobriu o que era propriedade intelectual?

Descobri a propriedade intelectual no ensino fundamental. Meu pai era professor de ciências e inventor, portanto, desde muito pequena me familiarizei com o termo “invenção”. Depois de me formar na faculdade, enquanto trabalhava como engenheira de sistemas, meu supervisor me incentivou a patentear um algoritmo que eu havia desenvolvido. Eu me tornei inventora por mérito próprio. Juntos, nós depositamos o pedido da minha primeira patente. Na época, eu não entendia muito bem a importância das patentes para garantir o posicionamento de mercado de uma empresa, mas foi uma ótima oportunidade de aprender, em primeira mão, como era o processo de pedido de patente.

Quais são suas metas para o futuro?

Começamos há 30 anos, como uma empresa de solução de problemas, e hoje nossa meta é continuar a nos desenvolver enquanto “empresa que gera empregos”, em colaboração com nossos clientes.

A melhor maneira de mostrar o poder de nossas soluções é garantir que elas produzam resultados para nossos clientes.

À medida que avançamos, nosso objetivo é aprimorar nossa tecnologia para que, quando incorporada aos sistemas dos nossos clientes, melhore seu desempenho. Esse é o nosso “core business”. Os sistemas incorporados são invisíveis do exterior. Eles não aparecem para o público. Por isso, a melhor maneira de mostrar o poder de nossas soluções é garantir que produzam resultados para nossos clientes. Assim, à medida que nossos clientes se tornam rentáveis e bem-sucedidos, nós crescemos, porque outros atores do mercado buscam nossas soluções, numa tentativa de melhorar seu próprio desempenho. É assim que ganharemos visibilidade no mercado e criaremos novas oportunidades de negócio.

“Iyashi”, a cadeira de balanço inteligente da Proassist. “À medida que avançamos, nosso objetivo é aprimorar nossa tecnologia para que, quando incorporada aos sistemas de nossos clientes, melhore seu desempenho”, explica Ikoma. (Foto: Cortesia da Proassist Ltd.)

Na sua opinião, qual é a chave para o sucesso de uma empresa?

No Japão do pós-guerra, foram criadas muitas tecnologias e muitos ativos de propriedade intelectual novos – principalmente por homens – para competir com o restante do mundo. Foram lançados muitos produtos maravilhosos. Mas em 1994, quando fundei a Proassist, essa abordagem alcançava o ponto de saturação. Desde então, as empresas voltadas para a inovação têm colocado mais ênfase na “cooperação” com parceiros industriais como a chave para favorecer novas ideias. Hoje em dia, a colaboração é fundamental para o sucesso das empresas.

E por que a diversidade é tão importante?

Não acreditamos ser possível ter novas ideias sem interagir e colaborar com pessoas que tenham pontos de vista e históricos de vida diferentes. Por isso é tão importante que mulheres e homens trabalhem juntos em parcerias igualitárias. Os ecossistemas de inovação inclusivos são a única maneira de avançar, dada a alta competitividade da economia atual. Quando fundei a empresa, a diversidade não estava no meu radar, mas hoje, tenho certeza de que a diversidade é a nossa força. Ela é fundamental para nossa capacidade de propor ideias inovadoras.

Não acreditamos ser possível ter novas ideias sem interagir e colaborar com pessoas que tenham pontos de vista e históricos de vida diferentes.

Quando criança, meus pais nunca impuseram limites ao que eu podia fazer por ser menina. Eu podia fazer tudo o que quisesse. Mais tarde, na universidade, embora eu fosse uma de um total de quatro alunas entre os quase 4.000 estudantes do meu ano, nunca fui discriminada. Fui tratada da mesma maneira que meus colegas. Essas experiências lançaram as bases da minha abordagem do recrutamento dos talentos de que precisava, independentemente de gênero ou nacionalidade, quando fundei a empresa.

Como você gostaria de ver o cenário evoluir para as mulheres?

Eu gostaria que as pessoas fossem valorizadas pelo talento, independentemente do gênero. Há um ditado japonês que diz: “Um homem tem sete inimigos.” O fato é que, quando trabalhei livremente, sem ideias preconcebidas de quem poderia ou deveria fazer algo, acabei em um ambiente em que “tenho 100 aliados”. Todos nós temos muito a ganhar se tratarmos mulheres e homens como iguais, especialmente quando se trata de desenvolver ideias inovadoras que funcionem para todos.

A Revista da OMPI destina-se a contribuir para o aumento da compreensão do público da propriedade intelectual e do trabalho da OMPI; não é um documento oficial da OMPI. As designações utilizadas e a apresentação de material em toda esta publicação não implicam a expressão de qualquer opinião da parte da OMPI sobre o estatuto jurídico de qualquer país, território, ou área ou as suas autoridades, ou sobre a delimitação das suas fronteiras ou limites. Esta publicação não tem a intenção de refletir as opiniões dos Estados Membros ou da Secretaria da OMPI. A menção de companhias específicas ou de produtos de fabricantes não implica que sejam aprovados ou recomendados pela OMPI de preferência a outros de semelhante natureza que não são mencionados.