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El Salvador faz uma declaração de moda com suas bolsas

Dezembro de 2020

María Luisa Hayem, Ministra da Economia de El Salvador, San Salvador

Após ter lançado sua marca em 2015, Eva Innocenti
(acima), uma de um número crescente de estilistas
salvadorenhas de sucesso, apresentou suas criações
na London Fashion Week e na Panama Fashion
Week. (Foto: Cortesia de Eva Innocenti)

O setor artesanal de El Salvador destaca-se por sua excepcional criatividade e beleza e por ser a principal fonte de renda de muitas famílias salvadorenhas. Este setor conta com um grande número de talentos, criando peças nas quais a história fica oculta e a inovação é revelada.

El Salvador é um país de cerca de 7 milhões de habitantes, cobrindo uma área de 21.040 quilômetros quadrados. A população jovem e em expansão do país é um trunfo importante. Tem clima tropical excepcional, oceano idílico, paisagens montanhosas e uma densidade populacional de cerca de 316 habitantes por quilômetro quadrado. É um país repleto de indivíduos determinados, resilientes e criativos.

As startups do setor da moda dirigidas por mulheres ganham prestígio

Nos últimos anos, El Salvador tem registrado um aumento no número de startups do setor da moda dirigidas por mulheres. Estilistas altamente talentosas tornaram-se conhecidas, ganhando prestígio no país e no exterior com suas linhas de vestuário e acessórios. Algumas inseriram inovações em processos e produtos artesanais tradicionais, com vista à criação de concepções originais com características indígenas. Além de sua estética e qualidade excepcionais, esses produtos têm gerado emprego e ajudado a manter vivas certas tradições.

A tradição encontra o luxo

Eva Innocenti é uma dessas estilistas e empresárias. Cria bolsas de luxo, feitas principalmente de couro salvadorenho da mais alta qualidade, embelezadas com elementos folheados a ouro e outros materiais. Algumas de suas coleções de bolsas têm o nome das mulheres que as inspiraram.

Esta estilista lançou sua marca em 2015, tendo desde então gerido com muito cuidado sua propriedade intelectual (IP). Além de uma marca registrada, os modelos de suas coleções originais são registrados no Centro Nacional de Registros (CNR), o instituto nacional de PI de El Salvador.

"Tudo começa com um sonho. É isto que a marca Eva Innocenti representa para mim: meu sonho de vida," diz a estilista.

Graças a uma série de programas governamentais, o reconhecimento da importância da PI como ferramenta empresarial cresceu em El Salvador nos últimos anos.

Hoje, Eva Innocenti tem uma oficina que cria empregos para um grupo de artesãos salvadorenhos, uma loja de vendas a varejo numa área de prestígio da capital e uma loja on-line que envia mercadorias para quaisquer países. Em 2019, ela participou da London Fashion Week e da Panama Fashion Week.

A PI e a autonomização feminina

Forjar vínculos afetivos com vista a promover a mulher
é fundamental no trabalho de Raquel Arana. Ela conta
histórias de autonomização de mulheres através de
suas ilustrações. (Foto: Cortesia de Raquel Arana)

Raquel Arana é outra estilista e empresária salvadorenha de destaque. É uma contadora de histórias que utiliza figuras e cores ao invés de palavras.

Iniciou suas atividades em indústrias criativas no final de 2014, com um projeto de bolsa que obteve grande sucesso, o que a posicionou num encaminhamento inesperado. Raquel Arana aprendeu, ao longo desse caminho, que a PI pode ser muito útil para concretizar seus objetivos comerciais e seu compromisso com a autonomização das mulheres.

Sua paixão é a ilustração. Ao projetar um produto, ela tem como objetivo forjar laços afetivos para apoiar as mulheres: Cada bolsa conta uma história e cada história é uma história de capacitação das mulheres.

Ao combinar essas duas paixões – design e capacitação feminina –, Raquel Arana tem ajudado outras mulheres salvadorenhas a promoverem suas ambições de empreendimentos, principalmente no âmbito do Programa Velasco, que orienta as aspirantes a empresárias.

“É importante inovar continuamente os produtos que vendemos. Se nem todos forem vendidos, não tem importância: o mais importante é continuar a criar e a testar o mercado”, diz Raquel Arana.

Para compartilhar seu sucesso, ela abriu uma loja, “Hecho en Casa” (“Feito em Casa”), com duas sócias. A loja é um canal de marketing para suas criações e seus produtos, bem como para os de outras artesãs.

Nos últimos cinco anos, a média anual de exportações de bolsas de El Salvador gerou mais de US$ 630.000.

Raquel Arana expandiu suas linhas de produtos para incluir outros acessórios pessoais e artigos de decoração para interiores. As marcas registradas “Raquel Arana” e “Hecho en Casa” obtiveram amplo reconhecimento nos planos local e internacional. Existem agora duas lojas “Hecho en Casa” em San Salvador. Os produtos da estilista também podem ser adquiridos via Facebook ou Instagram e as remessas podem ser feitas para outros países.

A PI tem ajudado Raquel Arana a elevar seu perfil profissional como estilista. Também tem impulsionado sua empresa, permitindo-lhe que se desenvolva. Mas, como acontece com muitos criadores e artistas populares, seu trabalho agora está sendo copiado por terceiros não autorizados. É neste contexto que Raquel Arana passou a reconhecer a verdadeira importância dos direitos de PI na proteção de suas criações e na salvaguarda de seus interesses comerciais.

Raquel Arana (esquerda) utiliza suas criações de bolsas como veículo para contar histórias visuais, substituindo palavras por paletas de cores arrojadas e ilustrações detalhadas. O sucesso das criações de Raquel Arana levou-a a expandir sua linha de produtos, que agora inclui acessórios pessoais e decoração de interiores.

A sensibilização para a PI em El Salvador produz dividendos

Nos últimos cinco anos, a média anual de exportações de bolsas fabricadas em El Salvador gerou mais de US$ 630.000. Os mercados de exportação incluem os Estados Unidos, os países da América Central e da América Latina, bem como a Ásia e a Europa.

O setor artesanal de El Salvador destaca-se por sua excepcional criatividade e beleza e por ser a principal fonte de renda para muitas famílias salvadorenhas.

Graças a uma série de programas governamentais, o reconhecimento da importância da PI como uma ferramenta empresarial tem crescido em El Salvador nos últimos anos. Várias instituições governamentais oferecem programas de apoio às empresas, em particular às microempresas e às pequenas e médias empresas, em seu uso da PI para impulsionar o crescimento empresarial. Tais instituições incluem o Ministério da Economia, a CONAMPYE, que presta assistência às microempresas e às pequenas e médias empresas, bem como o CNR (Centro Nacional de Registros), que é o instituto nacional de propriedade intelectual.

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