Clusters de ciência e tecnologia do IGI: Tóquio-Yokohama lidera a classificação; China agora concentra o maior número de clusters

Genebra, 20 de Setembro de 2023
PR/2023/907

Todos os principais clusters de ciência e tecnologia (C&T) do mundo agora se localizam no Sudeste Asiático, com Tóquio-Yokohama na liderança da classificação e a China passando a sediar o maior número desses polos, segundo publicação antecipada da edição de 2023 do Índice Global de Inovação (IGI) da OMPI.

Anualmente, o IGI classifica a capacidade inovativa de países e economias do mundo inteiro. Em uma publicação preliminar ao lançamento do IGI 2023, marcado para 27 de setembro de 2023, a seção “Clusters de C&T” do Índice Global de Inovação identifica as maiores concentrações locais de atividades científicas e tecnológicas no planeta.

Tóquio-Yokohama (Japão) lidera como o mais importante cluster de C&T do mundo, seguido de Shenzhen-Hong Kong-Guangzhou (China e Hong Kong (China)) e Seul (República da Coreia) e, na 4ª e 5ª colocações, dos clusters chineses de Pequim e Xangai-Suzhou.

Os cinco principais clusters de C&T do mundo estão todos situados no Sudeste Asiático. O próximo da lista, na sexta posição, é o de San José-São Francisco, nos Estados Unidos.

Os clusters de ciência e tecnologia são um dos fatores mais decisivos para o desempenho em inovação de qualquer economia. Reunindo ciência, empresas e empreendedores em um mesmo lugar, essas cidades ou regiões criam ecossistemas capazes de fazer com que ideias científicas se traduzam em impactos concretos para a sociedade.

Também é auspicioso que esses polos de C&T estejam crescendo em ritmo particularmente acelerado em economias emergentes.

Diretor-geral da OMPI, Daren Tang

15 principais clusters mundiais de C&T por tamanho, segundo o IGI

Os clusters de Cambridge, no Reino Unido, e de San José-São Francisco, no estado norte-americano da Califórnia, são os que apresentam os níveis mais intensos de atividade tecnológica e científica em relação à densidade populacional. Na sequência aparecem Oxford (Reino Unido), Eindhoven (Países Baixos) e Boston-Cambridge (Estados Unidos).

Outras conclusões:

• Este ano, o IGI identificou 24 clusters de C&T na China, frente a 21 no ano passado. O aumento alça o país asiático à primeira colocação mundial em número de polos de C&T, sendo os principais os de Shenzhen-Hong Kong-Guangzhou, Pequim, Xangai-Suzhou, Shenzhen-Hong Kong-Guangzhou e Nanjing.
• Os Estados Unidos concentram 21 clusters de C&T entre os 100 mais importantes do mundo, seguidos da Alemanha, com 9, e do Japão, Canadá, Índia e República da Coreia, com quatro clusters cada. A liderança nos EUA cabe ao cluster de San José-São Francisco; na Alemanha, ao de Munique; no Japão, ao de Tóquio-Yokohama; no Canadá, ao de Toronto; na Índia, ao de Bengaluru; e, na República da Coreia, ao de Seul.
• Além da expansão observada na China, clusters de C&T situados em outras economias de renda média registraram avanços importantes no crescimento da produção científica e tecnológica, com destaque para a Índia, que conta com quatro clusters de C&T entre os maiores do mundo, dos quais os de Chennai e Bengaluru apresentaram os aumentos mais significativos em termos de densidade de inventores e autores de trabalhos científicos.
• Observou-se ainda crescimento particularmente acelerado nos clusters de C&T de algumas economias emergentes, como Brasil, Índia, Türkiye e, entre as que não tem nenhum cluster de C&T no grupo dos 100 primeiros, Argentina, Egito e Tailândia, entre outras.

Economias que contam com três ou mais clusters entre os 100 primeiros do mundo, 2023:

Consulte resumos detalhados sobre cada um dos maiores clusters de C&T incluídos na classificação do IGI, com informações sobre os principais colaboradores ou empresas no que se refere a atividades científicas e de patenteamento.

Sobre os clusters de ciência e tecnologia do Índice Global de Inovação

Os clusters de C&T são identificados por meio de análises das atividades de depósito de patentes e publicação de artigos científicos, que permitem determinar as áreas geográficas com maior densidade de inventores e autores de trabalhos científicos no mundo.

A OMPI emprega um método de geocodificação para identificar e classificar esses polos científicos e tecnológicos, mapeando com 96% de precisão os endereços e nomes extraídos de documentos.

Os clusters de ciência e tecnologia são um dos elementos do Índice Global de Inovação, que examina as tendências globais mais recentes no campo da inovação. O relatório classifica anualmente o desempenho dos ecossistemas de inovação de economias do mundo inteiro, destacando seus pontos fortes e fracos em matéria de inovação, assim como disparidades específicas detectadas pelos indicadores. Para oferecer um retrato fiel da conjuntura mundial de inovação, o IGI adota cerca de 80 indicadores, incluindo métricas relativas ao contexto político, ao sistema educacional, à infraestrutura e à criação de conhecimento em cada uma das economias analisadas.

O IGI pode ser usado para monitorar o desempenho em inovação de uma economia específica e comparar a evolução de economias de uma mesma região ou faixa de renda.